Partidos pressionam Wellington por mais espaços no governo

O governador Wellington Dias (PT) confirmou ontem que fará a reestruturação da base aliada, o que inclui mudanças no secretariado. As negociações estão mais avançadas com o PMDB, mas os demais partidos da base querem uma maior participação no Governo, usando como argumento o resultado das eleições municipais de outubro. Pelo menos cinco partidos estão pressionando o governador por maior participação no governo.
O PMDB ingressa agora na administração requerendo pelo menos três pastas do Governo (Saúde, Justiça e Desenvolvimento Rural), alegando o tamanho do partido. O PP tem como argumento ter elegido o maior número de prefeitos do Estado, mais de 40. O PSD apresentou ao governador o resultado de 326 mil votos e requereu maior participação na administração. Nesse loteamento ainda se apresentaram do PTC e o PCdoB, que dizem querer ajudar na governabilidade do Estado.
"Temos bons entendimentos não só com o PMDB, mas com outros partidos que estiveram comigo em 2014 ou estão atuando em parceria desde o começo do mandato. Certamente estarei me posicionando nos próximos dias", disse o governador Wellington Dias, durante a inauguração da duplicação da ponte Wall Ferraz, ontem pela manhã. Representantes de todos esses partidos estavam presentes ao evento.
O PT é que está com os dois pés atrás, porque sabe que somente o partido vai perder com essa redivisão na base de sustentação política do governo. O deputado federal Assis Carvalho disse que o governador não pretende dar a Saúde para o PMDB. O secretário de Saúde, Francisco Costa, foi indicado por Assis com o aval de Wellington. Mas o PMDB ainda quer a Secretaria de Desenvolvimento Rural e a Secretaria de Justiça, também ocupadas por petistas.
"Quem vier, que venha para somar e quando chegar 2018 que não abandonem o Governo", comentou a senadora Regina Sousa, presidente da executiva estadual do PT, falando com desconfiança sobre a aliança com o PMDB. "Nós estamos conversando com as lideranças do PMDB. Isso vai acontecer com muita cautela. De dezembro para o início de janeiro pode acontecer ou não pode acontecer. Se depender de mim, vai acontecer", comentou o deputado Themís-tocles Filho, presidente da Assembleia Legislativa e da executiva municipal do PMDB.

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