Prefeitos derrotados exoneram comissionados

Boa parte dos prefeitos, principalmente os que eram candidatos à reeleição e não conseguiram se reeleger, estão demitindo servidores comissionados e prestadores de serviço alegando que precisam organizar a administração para passá-la ao sucessor. Em alguns municípios, os adversários dos prefeitos  pedem vigilância dos órgãos de controle para evitar a quebradeira na administração municipal. Eles falam em inchaço na folha, desmandos administrações, serviços essenciais caóticos e até dividas com agiotas para financiar as eleições.
Um dos exemplos citados foi a prefeita de Jaicós, Waldelina Crisanto (PRP), que disputou a reeleição, mas não teve êxito. Após perder eleição, prefeita exonerou todos os comissionados do município. Foram mais de cem servidores que tiveram os contratos cancelados pela prefeitura. O decreto de demissão foi publicado no Diário Oficial dos Municípios. No decreto nº 116/2016 publicado na edição do dia 5 de outubro, a prefeita decide "rescindir todos os contratos referentes a prestadores de serviços, bem como, quaisquer modalidades de contratação que geram vínculo empregatício", com efeitos a partir de 3 de outubro, um dia após as eleições.
"Fizemos isso para diminuir as despesas. Temos que entregar a prefeitura limpa. Vamos renomear de acordo com a necessidade. Se tivesse sido reeleita não precisava tomar essa decisão", explicou a prefeita. "Se fosse para eu assumir de novo, não precisaria fazer isso, pois ficaria na mesma gestão. Como vai ser outra gestão, tenho que entregar as contas limpas. Todos vão ter que me entender agora, pois eu preciso fechar a folha", completou Waldelina.
Mesmo assim, a prefeita disse que a medida não foi tomada porque foi derrotada no pleito. Na eleição, Waldelina Cristanto ficou em terceiro lugar com 2.330 de 10.530 votos apurados. O prefeito eleito é Nenem da Edite (PSD), que obteve 4.322 votos.

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