Disputa nos municípios gera mal-estar na base do governo

O resultado das eleições municipais gerou uma crise dentro da base de sustentação política do Governo. O PP e o PMDB reclamaram o que classificaram de ingerência desleal do governo durante o pleito em diversos municípios. Anteontem, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, denunciou o apoio de secretários do Governo Wellington Dias na campanha no interior. Segundo ele, teria havido uso da máquina do Estado na campanha.
Para a presidente estadual do PT, senadora Regina Sousa, o senador Ciro Nogueira está buscando um motivo para a dissidência, já pensando nas eleições de 2018. Ciro tinha dito que tem um compromisso de apoiar Wellington Dias para a reeleição em 2018. Regina Sousa acha que Ciro ficou inconformado com a derrota de Gil Paraibano (PP) em Picos para o Padre Walmir (PT). "Wellington apoiou o Padre Walmir, mas de forma muito discreta, tanto que não participou de nenhum comício, porque o Gil Paraibano era aliado. O Ciro está ensaiando uma dissidência porque já pensando em 2018", disse a senadora.
Um dos dirigentes do PT disse que existia um acordo entre os partidos da base, mas o PP não teria cumprido esse acordo. "Ninguém invadiu nada dele. Ele ganhou em Pedro II também com a gente", comple-mentou a senadora. E falou que algumas cidades, os candidatos do PP tiveram apoio do PT. "Apoiamos o candidato dele lá em São Raimundo Nonato. Ele quer que o governador fique quieto e não apoie o PT, é isso? Eu vejo muito disso nos aliados do Wellington. Eles querem o Wellington, mas querem extinguir o PT. Não tem governador sem PT. Se o Ciro pode apoiar o Gil, porque o Wellington não poderia apoiar o Padre Walmir?", questionou a senadora.
Ciro Nogueira afirmou que a relação da base do Governo ficou arranhada por conta de alguns resultados eleitorais. O líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado João Madison, também demonstrou descontentamento com o resultado das eleições. Para ele, o processo também deixou sequelas nas relações políticas. João Madison citou o exemplo de Esperantina. "O governo, em algumas cidades, jogou muito forte contra os nossos correligionários, os nossos amigos. Vou dar o exemplo de Esperantina, onde o nosso presidente foi esmagado pela força do governo, pela estrutura do governo, com asfalto na última hora. Então, com isso, deixou nossos amigos muitos chateados", declarou o deputado.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Wallem Mousinho se reúne com lideranças políticas em Guadalupe

Presidente do SINDSERM afirma que a prefeitura de Guadalupe não cumpre acordo para pagamento de salários atrasados

Governo propõe privatização da Eletrobras