Governo Federal estuda refinanciamento de dívidas

O Governo Federal estuda um novo programa de refinan
Deputado Júlio César (de costas) com o presidente Michel Temer
ciamento de dívidas de empresas com a União. O último de parcelamento de dívidas ocorreu em 2014. Os deputados da área tributária e econômica da Câmara Federal participaram de uma audiência com o presidente Michel Temer na quinta-feira (8), no Palácio do Planalto. Durante duas horas discutiram sobre a criação de um novo Programa de Recuperação Fiscal (Refis).
Para o deputado Júlio Cesar (PSD), um dos participantes da reunião, um novo programa de refinanciamento de dividas das empresas vai incentivar a produção e fazer circular mais dinheiro na economia, inclusive nos estados e municípios, já que os valores pagos serão partilhados. "Entregamos os números e as planilhas para o presidente e acredito que o governo vai reformular o modelo de refinanciamento de dívidas com os empresários", disse Júlio Cesar.
Segundo ele, nos últimos seis anos a Receita arrecadou R$ 151 bilhões de um total de R$ 300 bilhões negociados pelas empresas que aderiram ao par-celamento. "Segundo o próprio secretário da Receita Federal, nós temos outros milhares para aderir. Com isso, o Governo deve arrecadar outros R$ 150 bilhões", informou o deputado, falando que o governo se sensibilizou com a proposta.
O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, disse que o governo deve se precaver de vícios atribuídos a programas de parcelamento, mesmo entendendo o cenário de recuperação econômica e necessidade de diminuir o nível de desemprego no País. "Entendemos que é importante para o governo retomar o crescimento e aumentar o número de empregos em todo o país, mas é preciso precaução para evitar o vício de inadim-plência", advertiu.
"Não estamos falando em perdoar os impostos, mas dar condição de a empresa poder pagar esse imposto parcela-damente, sem a multa, sem muita burocracia", argumentou o deputado Júlio César apelando para o governo editar um novo Refis para aliviar a situação de empresas e pessoas físicas, além da questão do desemprego, que atinge 12 milhões de brasileiros.

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