Polícia intensifica ações contra compra de voto e doações ilegais
A cinco dias das eleições
municipais, a Justiça Eleitoral está focando sua atuação na investigação de
doações irregulares, compra de votos e transporte ilegal de eleitores, além de
pesquisas falsas. A determinação é coibir qualquer ação ou iniciativa dos
candidatos que possa caracterizar crime eleitoral, como ocorreu ontem em
Ribeiro Gonçalves, onde a candidata a prefeita e a vice foram presos acusados
de compra de votos
A recomendação foi feita
diretamente aos comandantes da Polícia Militar que estão coordenando as ações
de segurança no interior. O juiz José Vidal de Freitas Filho, do Tribunal
Regional Eleitoral (TRE-PI), informou que os policiais já mapearam os
municípios com maiores conflitos no período pré-eleição. Segundo ele, os
comandantes de policiamento no interior foram orientados a procurar os juízes e
os promotores nas zonas eleitorais para montar o planejamento de segurança em
cada cidade.
Desde segunda, 1.600 homens
da Polícia Militar, entre praças e oficiais, estão sendo deslocados para o
interior para reforçar a segurança nas eleições. Por toda esta semana, o foco
será voltado para atuação de combate à fraude e corrupção eleitoral nas
vésperas das eleições, quando há historicamente um número maior de ocorrências.
Os 98 juízes eleitorais contarão ainda com a ajuda de representantes das
polícias Civil, Federal e Rodoviária para executar o plano logístico de
segurança das eleições.
Outro ponto de atenção
especial da Justiça Eleitoral, que ficou a cargo da PRF-PI, é o transporte de
dinheiro durante as eleições. A ordem é para que seja apurado qualquer indício
de uso de dinheiro para bancar candidato, pagar cabos eleitorais e realizar
boca de urna no domingo, dia da eleição. "Este ano as regras mudaram e se
tornaram bastante rigorosas. Há necessidade inclusive da participação da
sociedade para denunciar irregularidades para que as eleições possam
transcorrer sem compra de votos e sem irregularidades", comentou o juiz
José Vidal Freitas, auxiliar da presidência do TRE-PI.
Essas forças de segurança, segundo o magistrado, têm o papel
de dar respaldo às decisões dos juízes eleitorais e buscar prevenir a
ocorrência de atos ilícitos durante todo o processo eleitoral.
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