A campanha eleitoral ganha as ruas nesta terça-feira

A campanha eleitoral deste ano começa oficialmente nesta terça-feira, 16, e com muitas novidades. A primeira é que ela foi reduzida de 90 para 45 dias. A partir de hoje, candidatos, partidos e coligações podem fazer funcionar, das 8 às 22 horas, alto-falantes ou amplificadores de som, nas suas sedes ou em veículos. Os partidos políticos e as coligações também poderão realizar comícios e utilizar aparelhagem de sonorização fixa, das 8 às 24 horas, podendo o horário ser prorrogado por mais duas horas quando se tratar de comício de encerramento de campanha.
Nesta data começa ainda o prazo para propaganda eleitoral na internet, sendo vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda paga. Já período de propaganda dos candidatos no rádio e na TV começa no próximo dia 26 e também foi diminuído, de 45 para 35 dias. Pela nova legislação eleitoral, os candidatos a prefeito agora devem aparecer em 75% do tempo de TV que detém.
Outra novidade que entra em vigor nesta campanha é que a novas regras eleitorais proíbem doações financeiras de empresas. A mudança obriga prefeitos e vereadores a deixar de lado as estruturas nababescas para se adequar a um outro modelo de campanha, que começa por estabelecer um teto de gastos mais baixo para cada candidato.
O corte brutal de verba para as eleições, com o fim das doações por empresas privadas, tem obrigado os candidatos a criarem uma nova cultura política, com foco na mobilização do eleitor para que participe e contribua para as campanhas. Marqueteiros, por exemplo, terão de abrir mão de contratos milionários e da pirotecnia dos cenários montados em estúdios e colocar os candidatos para protagonizarem seus programas em gravações externas, muito mais baratas.
No Brasil inteiro, os candidatos apostam, assim, na criatividade para angariar fundos. No interior, estão vendendo rifas e promovendo bingos, almoços e jantares de apoio. Até competições esportivas e vaquejadas têm sido organizadas.

Considerados cobaias de um novo modelo eleitoral, os candidatos à eleição deste ano chegaram a uma constatação: o padrão atual terá de ser aprimorado. Eles argumentam que o sistema de financiamento não é isonômico, já que candidatos ricos se sobrepõem aos pobres, assim como partidos com maior Fundo Partidário têm condições de irrigar mais as campanhas de seus correligionários. A conferir.(Com informações de O Globo)

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