Governo propõe privatização da Eletrobras
Ministério de Minas e Energia informou nesta segunda-feira (21) que vai propor ao governo federal a privatização da Eletrobras.
Em comunicado enviado à imprensa, o ministério diz que comunicou a Eletrobras nesta terça que proporá ao conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) a "redução da participação da União" no capital da estatal.
Hoje a União tem 51% das ações ordinárias (com direito a voto) e fatia de 40,99% no capital total da Eletrobras; Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu braço de investimentos, o BNDESPar, têm, juntos, 18,72% do capital total da empresa; O PPI é colegiado que trata de privatizações e concessões dentro do governo Michel Temer.
Ao jornalista da GloboNews Valdo Cruz, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que a proposta é que a participação da União na Eletrobras caia para 47% e que a expectativa é de arrecadar cerca de R$ 20 bilhões com a operação.
Segundo o ministro, será feito um aumento de capital da estatal na qual o governo não irá participar e, consequentemente, terá a participação reduzida.
Também no comunicado, o ministério aponta que, por conta da crise econômica e da situação das contas públicas, não há hoje "espaço para elevação de tarifas nem para aumento de encargos setoriais", e que "não é mais possível transferir os problemas para a população."
"A saída está em buscar recursos no mercado de capitais atraindo novos investidores e novos sócios. O governo permanecerá como acionista, recebendo dividendos ao longo do tempo. A empresa passará a dar lucro e não prejuízo, o que beneficiará estados e municípios com o aumento na arrecadação de impostos", diz o comunicado.
O texto diz ainda que "a União manterá poder de veto na administração da" Eletrbrás "garantindo que decisões estratégicas no setor sejam preservadas, tais como os encargos setoriais da CDE e o financiamento de projetos de revitalização do Rio São Francisco."
O valor de mercado da Eletrobras é estimado em R$ 19,5 bilhões, de acordo com dados da B3 considerando o fechamento das ações na sexta-feira (18).
Problemas
O Ministério de Minas e Energia afirma que a decisão de propor a redução da participação da União na Eletrobras ocorre "após
De acordo com a pasta, "as dívidas e ônus do passado se avolumaram e exigem uma mudança de rota para não comprometer o futuro da empresa."
A companhia terminou o 2º trimestre com uma dívida líquida de R$ 38,4 bilhões. Segundo a Economatica, a dívida da Eletrobras é a 4ª maior entre as empresas de capital aberto, perdendo só para Petrobras (R$ 295,3 bi), Vale (R$ 73,2 bi) e Oi (R$ 44,5 bi).
"Os problemas decorrem de ineficiências acumuladas nos últimos 15 anos, que impactaram a sociedade em cerca de um quarto de trilhão de reais, concorrendo pelo uso de recursos públicos que poderiam ser investidos em segurança, educação e saúde."
profundo diagnóstico sobre o processo em curso de recuperação da empresa."
Em comunicado enviado à imprensa, o ministério diz que comunicou a Eletrobras nesta terça que proporá ao conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) a "redução da participação da União" no capital da estatal.
Hoje a União tem 51% das ações ordinárias (com direito a voto) e fatia de 40,99% no capital total da Eletrobras; Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu braço de investimentos, o BNDESPar, têm, juntos, 18,72% do capital total da empresa; O PPI é colegiado que trata de privatizações e concessões dentro do governo Michel Temer.
Ao jornalista da GloboNews Valdo Cruz, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que a proposta é que a participação da União na Eletrobras caia para 47% e que a expectativa é de arrecadar cerca de R$ 20 bilhões com a operação.
Segundo o ministro, será feito um aumento de capital da estatal na qual o governo não irá participar e, consequentemente, terá a participação reduzida.
Também no comunicado, o ministério aponta que, por conta da crise econômica e da situação das contas públicas, não há hoje "espaço para elevação de tarifas nem para aumento de encargos setoriais", e que "não é mais possível transferir os problemas para a população."
"A saída está em buscar recursos no mercado de capitais atraindo novos investidores e novos sócios. O governo permanecerá como acionista, recebendo dividendos ao longo do tempo. A empresa passará a dar lucro e não prejuízo, o que beneficiará estados e municípios com o aumento na arrecadação de impostos", diz o comunicado.
O texto diz ainda que "a União manterá poder de veto na administração da" Eletrbrás "garantindo que decisões estratégicas no setor sejam preservadas, tais como os encargos setoriais da CDE e o financiamento de projetos de revitalização do Rio São Francisco."
O valor de mercado da Eletrobras é estimado em R$ 19,5 bilhões, de acordo com dados da B3 considerando o fechamento das ações na sexta-feira (18).
Problemas
O Ministério de Minas e Energia afirma que a decisão de propor a redução da participação da União na Eletrobras ocorre "após
De acordo com a pasta, "as dívidas e ônus do passado se avolumaram e exigem uma mudança de rota para não comprometer o futuro da empresa."
A companhia terminou o 2º trimestre com uma dívida líquida de R$ 38,4 bilhões. Segundo a Economatica, a dívida da Eletrobras é a 4ª maior entre as empresas de capital aberto, perdendo só para Petrobras (R$ 295,3 bi), Vale (R$ 73,2 bi) e Oi (R$ 44,5 bi).
"Os problemas decorrem de ineficiências acumuladas nos últimos 15 anos, que impactaram a sociedade em cerca de um quarto de trilhão de reais, concorrendo pelo uso de recursos públicos que poderiam ser investidos em segurança, educação e saúde."
Eletrobras: caminho da privatização |
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