Secretário Willames Bonfim é exonerado da Prefeitura de Guadalupe

Depois de ter sua prisão decreta pela Polícia Civil na operação 'Lixo de Ouro', a Prefeitura de Guadalupe anunciou nesta terça-feira (30) a exoneração do secretário de Planejamento e Gestão, Willames Bonfim de Miranda. O secretário foi preso juntamente com sua esposa Wanessa Rodrigues e o empresário Edvan Morais  no dia 25 de julho, acusados de fraudar licitação no serviço de limpeza pública na cidade.

Operação Lixo de Ouro

A Polícia Civil do Piauí deflagrou operação "Lixo de Ouro" para desarticular um esquema que teria desviado recursos públicos da prefeitura de Guadalupe, no interior do Piauí.
Segundo o delegado Thiago Silva, os crimes teriam participação do secretário de Planejamento e Gestão, Willames Bonfim, a esposa dele Vanessa Rodrigues e o empresário Edvan Morais que foram presos na quinta-feira (25).

As investigações apontaram que os suspeitos teriam fraudado processo licitatório que tinha como objeto o serviço de limpeza pública na cidade. O delegado explica que na licitação constava o valor de mais de R$ 1 milhão para a coleta de lixo em uma cidade com pouco mais de 10 mil habitantes.

"A esposa do secretário era a proprietária da empresa de construção civil que venceu a licitação. Por ela ser da família não podia concorrer. Então, antes do processo, ela saiu da empresa e colocou o empresário, ocorrendo a fraude", explica o delegado.

O titular da delegacia de Guadalupe explica que, pelo contrato, a empresa vencedora da licitação deveria fazer a coleta de lixo. Contudo, na prática, a limpeza era feita pela prefeitura.
Portaria de exoneração do secretário Willames Bonfim

"Essa empresa recebia o valor para fazer a limpeza e quem fazia era a prefeitura. Além disso, o valor da licitação só nos primeiros sete meses foi de mais de R$ 1 milhão, valor altíssimo para coletar lixo em uma cidade com pouco mais de 10 mil habitantes. Por isso, o nome da operação Lixo de Ouro", reitera Thiago Silva.

PROPINA

O delegado acrescenta que as investigações apontaram que o secretário de Planejamento e Gestão [antigo secretário de Infraestrutura] receberia propina mensais de até R$ 30 mil.
"Esse valor era pago pelo empresário que venceu a licitação, ou seja, por Edvan Morais que assumiu a empresa da esposa do secretário. Os valores variavam entre R$ 5 e 30 mil mensais", disse o delegado reiterando qque as investigações não tinham como foco a prefeitura. 

PRISÕES

O secretário e a esposa, além do empresário, foram presos na cidade. Segundo o delegado foram aprendidos documentos durante a busca e apreensão

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